Bem, a verdade é que nos últimos 12 ou 13 anos a minha vida tem andado à volta de uma série de actividades, que para mim...Normais, para terceiros podem ser vistas como radicais.
Será que me vejo como radical? Nem pensar!!! Sou um medricas com as letras todas...Tenho um medo horrosos a vespas e a tudo o que pode picar e a verdade é que no que faço, tenho um pavor enorme a me aleijar. No fundo, tudo foi surgindo como uma evolução lenta e de pequenas ultrapassagens a medos e receios que todos temos.
Radical é aquele "pioneiro" (vamos chamar-lhe assim para não lhe chamar louco e psicopata) que assume riscos que não estão controlados. Eu não corro um único risco. Tudo o que faço e todo o material que utilizo foi testato e re-testado e já há uns milhares de malucos a fazer o mesmo por esse mundo fora.
Tudo começou com MOTAS...
Já dizia a minha "maezinha" que de pequeno, eu ignorava carros, autocarros e camiões...Mas se passava uma mota eu parava fascinado.
Se é verdade não sei porque não me lembro.Eu sempre quis uma mota, sobretudo na puberdade porque achava que ia conseguir caís nas graças das miudas lá da escola...Correu mal, Claro! Tive a 1ª motorizada quando entrei para a faculdade e aí elas ou já tinham carro ou tinham namorado com carro.(Desculpem-me as mulheres por uma generalização tão rude, mas cabeça de homem às vezes é redutora a este ponto...Resumindo, somos umas bestas...lolol)
Independentemente da maior ou menor capacidade de impressionar o sexo oposto, o mal estava feito. Fiquei fascinado pelas 2 rodas, e desde então tive 5 motas, 3 das quais acima dos 160cvs e todas acima de 750cc.É a pornografia em duas rodas, sentir a potência no meio das pernas(mais uma vez conotação com a virilidade), arrancar de um semáforo ou de uma portagem qualquer e em segundos estar a quebrar em 2 ou 3 vezes a velocidade legal de circulação.
Desde o passeio lento à beira mar ou a brincar com as curvas de uma estrada de montanha perdida aí algures por Portugal...A adrenalina de sentir o joelho a tocar no chão e "dar gaz" a fundo com a noção de que vamos sair da curva como uma bala e que tudo vai correr bem. Fazer um Porto-Lisboa (porta a porta) em 1h45m e não conseguir fechar as narinas tal é a excitação e o ar forçado que passou por elas.
São os cheiros da terra e das árvores que nos acompanham todas as viagens e mudam como cores de km em km.(Claro que os cheiros dos campos estrumados e dos gases dos escapes dos camiões também marcam com força a sua presença...lolol) Sentir isto de carro é impossível!
Mais ou menos na mesma altura descobri a NEVE...
Numa viagem maluca a Andorra aprendi Ski e posteriormente SnowBoard. Foi paixão absoluta. Apesar dos avisos constantes de "cuidado com as avalanches..." (Como se eu visse uma me fosse pôr à frente dela...lolol) e os normair "...vai com cuidado vê lá se te aleijas..." cada tostão gasto nas montanhas valeu (e vale) a pena.
Depois de alguns anos aos trambolhões por ali abaixo, lá aprendi a descer as pistas todas(das Verdes às Negras) com velocidade e segurança (Pronto...BÁ!!! com segurança relativa porque já consegui avariar um tornozelo, um joelho, um cotovelo, um ombro e já consegui pôr o polegar direito ao lado do indicador...da mesma mão!)
Foi na neve que vivi uma experiência religiosa ao descer um fora de pista. Sozinho, eu a montanha num dia de sol acompanhado apenas pelo som suave da prancha a cortar a neve fofa.
Claro que há sempre arrepio na entrada de uma pista NEGRA, em que o pensamento é...
"VOU-ME MATAR POR AQUI ABAIXO...VOU FAZER UMA BOLA DE NEVE COM O RABO E VOU-ME ESPETAR CONTRA UM PINHEIRO QUALQUER ALI JÁ NA PRIMEIRA CURVA..."
Mas, depois de começar a descer...Uiiii menino, todas as preocupações desaparecem e aparece aquele sorriso estúpido de puto traquina que só quem já viveu o mesmo compreende.
2 Semanas por Ano e 2400kms de cada vez para praticar Snow começou a ser pouco e longe. Tinha que arranjar qualquer coisa perto de casa. O Mar era a melhor opção, mas não há pachorra para o Surf e BodyBoard. Estar de molho 20 min à espera de uma onda decente depois levar porrada por ter "roubado" a onda a alguém não é muito a minha "onda" (percebem o trocadilho piroso? lolol)
Vai daí, e por já ter andado a brincar com papagaios de praia (lei-se Kites, em chique)
Decidi experimentar o KITESURF...
Lá fiz o curso e depois de 1 anito aos papeis, onde de tudo me aconteceu, desde ter corrido 3kms atrás de um kite que me fugiu e teimava em correr mais do que eu...ou então ter ficado sem vento no meio do rio cávado e ter que pedir boleia a uma mota de água que passava...Lá comecei a navegar como deve ser. De vez em quando até dou uns saltitos aqui e ali, mas sem grandes manobras, caso não saibam a água é bem dura.
É fabuloso navegar mar adentro com o vento pelas costas, uma prancha nos pés e a pilotar uma asa de kite.É linda a paz e a energia que se extrai do mar.(Momento lamechas e gayola do texto).
No final de tudo, o kite é um excelente pretexto para ir passar umas férias ao Brasil.
O kite tem um grave problema. Dias sem vento ou dias com vento a mais!
Eis que surge o WAKEBOARD...
Com o Cable Park do Ermal e graças a um grupo de amigos do kite, nos dias sem vento passamos a ir para a água na barragem do Ermal.
Apesar de algumas diferenças, na sua essência é muito parecido com o kite, sem a variável vento. Em caso de quedas só é preciso nadar sem a preocupação de ter que relançar o kite da água.Isto permite fazer algumas manobras sem stresses. Aqui descobri o prazer de arriscar um bocadinho mais e ao mesmo tempo que a água com velocidade é pior que cimento...
APRENDI A USAR CAPACETE!!!
O PARAQUEDISMO...
Apareceu com uma prenda de aniversário faz agora um ano.Fiquei louco com um salto a 2(tandem) e decidi fazer o curso. Já sou páraquedista, neste momento tenho 40 saltos, já tive 2 ou 3 encontros imediatos com o chão, mas o páraquedas abriu sempre e bem...(esperemos que continue assim, não quero agoirar a coisa e ter que recorrer ao reserva).
Posso dizer que depois da água aprendi a voar....Aos 50seg de cada vez, é incrível a sensação de pairar no ar em queda-livre apenas com a gravidade como companhia que nos tráz para baixo a 240km/h. Depois de páraquedas aberto, a felicidade (pronto...pronto e alívio também de ter aberto) de flutuar no ar com uma visibilidade de kms à minha volta.
Podia continuar a aborrecer-vos com frases pirosas e pseudo-profundas por aqui abaixo mas acho que vou voltar às minhas minhas palhaçadas habituais e deixar as minhas maluqueiras aqui nos arrumos da minha cabeça.
Se chegaste até aqui...Parabéns pela paciência...lolol
B&A
DiNiS - 13910
"Como as curvas de uma mulher! - Suzuki GSX1000R"
"Waroo doing up there?!?!? - BestWaroo12"
"Flying High on the Wings of a Kondor11.AdvanceKites"
"Wake up for Wake - JStar Region 140"
"I'm falling!!!I'm falling!!!To Madness!!! - 40xSkyDive @SkyFunCenter - PaN
"Estou neste momento a fazer Kms atrás das antenas!!!"
35 Posts - 17 para o objectivo Anual!!!
Wednesday, October 07, 2009
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2 comments:
Arrisco dizer que este post é um dos mlhrs que já li.. mto piroso, mto lamechas, mas mostra bem quem é a "personagem" Dinis, o Rei dos Botões!
bj
Catarina
Bora lá para o cannoying!!!! Falta-te o slide gigante, o voo naqueles aviões tipo redbull com as respectivas acrobacias e a ida à lua.
Já saltei de paraquedas, já fiz o slide, fiz escalada e experimento qualquer coisa desde que não envolva àgua para além do tornozelo.
É fantástica a sensação de que se está apenas vivo.
Cprs
Pescador
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